quarta-feira, 21 de maio de 2008

CORPUS CHRISTI

Por Rudy Mara 
 
Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin.  Com 14 anos, em 1206, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, em 1209, começou a ter 'visões'.  

O Papa Urbano recebeu o segredo das visões da freira. Uma das visões, retratava um disco lunar dentro do qual havia uma parte escura. Isto foi interpretado como sendo uma ausência de uma festa eucarística no calendário litúrgico para agradecer o sacramento da Eucaristia. Então, a festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula 'Transiturus' de 11 de agosto de 1264 seis anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos.  

Tal festa era para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.  

O Papa Urbano tornou mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer.  

Nesta data os católicos comemoram a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia.  

O que é Eucaristia? Eucaristia é uma palavra grega, cujo significado é "reconhecimento", "ação de graças", é uma celebração em memória da morte sacrificial e ressurreição de Jesus Cristo. Também é denominada "comunhão", "ceia do Senhor". É um ritual que reproduz a última ceia, onde Jesus disse: "Este é o meu corpo . . . isto é o meu sangue . . . fazei isto em memória de mim", com o intenção da comunhão (comum-união) entre os católicos e Jesus. A hóstia, acreditam eles, ser o próprio corpo do Cristo (Corpus Crhisti em latim), e o vinho o sangue.

Mas, os protestantes da Reforma de Lutero, negavam a presença real de Cristo na Eucaristia. Por isso,  o catolicismo fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, no Concílio de Trento de 1545-1563, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística nas ruas das cidades, como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia, confirmado em 1983, pelo novo Código de Direito Canônico – cânon 944 

Tornando-se, então, uma disputa entre católicos e protestantes. 

O significado da "comum-união", ficou esquecido. Porque, como podemos comungar com Jesus, hostilizando nossos irmãos?

Então, o que significa a frase: "Este é o meu corpo . . . isto é o meu sangue . . . fazei isto em memória de mim"?
 
Jesus, na última refeição que fez com os apóstolos, tomou de um pão, deu graças e repartiu entre eles, dizendo ser (simbolicamente) o "seu corpo", oferecido por eles. Da mesma maneira Jesus fez com o cálice de vinho, dizendo ser (simbolicamente) seu sangue, que também seria derramado para beneficia-los.
 
E pediu: "façam isto em memória de mim." Para nós espíritas, Jesus pediu para que os apóstolos (do cristianismo) compartilhassem uns com os outros o pão de cada dia, seja o pão de trigo, seja o pão do espírito, o pão da dor ou da alegria. Enfim, que doassem e se doassem, derramando sangue, se preciso fosse, assim como ele fez por nós. Ele fez este pedido porque sabia que sua doutrina não seria de fácil aceitação, e concluiu: "se me perseguiram, também perseguirão a vós outros." E que fizessem isto em memória dele, ou seja, para que seus ensinamentos não ficassem esquecidos.

Em outra ocasião, Jesus disse: "Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede." Jesus quis dizer que Seus ensinamentos é o pão que alimenta nossa alma. E aquele que busca-los, nunca mais terá fome e sede, porque esta fonte, farta, pura e cristalina de seus ensinamentos, nos oferece uma perspectiva de vida mais nobre, bela e digna, marcada pelos valores do Bem e da Virtude.

Mas, por que há uma busca em igrejas e templos religiosos do pão que sacia a fome e da água que sacia a sede, mas muitos continuam sedentos?

Porque nós temos o pão e a água, mas falta-nos a iniciativa de vivencia-los. Pois, isso pede algumas mudanças drásticas em nossa vida, que nem sempre estamos dispostos a efetuar.  
 
Por exemplo: perdoar, superar as ambições, eliminar os vícios, combater os impulsos agressivos, ajudar o semelhante, entre muitas outras coisas. . .  Como disse André Luiz (Espírito) : "O semelhante é a ponte que nos leva à Deus." Mas, ainda há os que acreditam agradar Deus e a  Jesus como no tempo de Moisés: com rituais, oferendas, trocas, barganhas, sacrifícios de corpos e não de almas.  
 
Portanto, não basta reconhecer o sacrifício de Jesus. Temos que ressuscita-Lo dentro de nós. Porque, como disse irmão X (Espírito): "Cada um de nós é um mundo onde o Cristo deve renascer, ressurgir", através dos atos, pensamentos e palavras cristãs.  
 

Extraído e compilado dos livros:
PARÁBOLAS E ENSINOS DE JESUS, POR CAIRBAR SCHUTEL;
ESTUDOS ESPÍRITAS DO EVANGELHO, POR THEREZINHA OLIVEIRA. 
 

Um comentário:

josé lopes disse...

Muito bom o seu blog mas, porque não está ataualizando?

Casa do Caminho - Pindamonhangaba