quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

PERDOAR É SINAL DE INTELIGÊNCIA


O que é de fato perdoar? Quando alguém diz que perdoa, mas não quer ver nunca mais seu inimigo à sua frente, isso é perdão? Ou quando diz assim: "Eu já esqueci o mal que ela me fez, mas se ela vier andando na calçada em minha direção, eu atravesso a rua na mesma hora". É claro que, em ambos os casos, a pessoa não perdoou, pois o perdão é o esquecimento do mal sem guardar qualquer ressentimento no coração contra o seu adversário.
 
 Pelo visto, há duas maneiras de perdoar: o perdão dos lábios e o perdão do coração. Segundo mensagem de Paulo, apóstolo, em o "Evangelho Segundo o Espiritismo", muitas pessoas dizem "Eu lhes perdôo" com relação aos seus adversários, "mas por dentro ficam alegres com o mal que eles sofrem". Outro perdão estranho é quando alguém nos diz: "dessa vez passa, mas da próxima vez você vai ver". Isto é, como não esqueceu a ofensa recebida, ela irá cobrar numa próxima oportunidade as nossas faltas cometidas no presente e no passado.
 
 O verdadeiro perdão, portanto, se reconhece muito mais pelos atos do que pelas palavras. É bem verdade que a humanidade continua clamando por paz, diante de tanta violência que vem ensangüentando a Terra. Mas se nós, de fato, queremos implantar a paz no mundo, não podemos alimentar o desejo de vingança contra quem quer que seja. Perdoar, afinal de contas, é sinal de inteligência, porque o rancor, qual veneno mental, atinge em primeiro lugar a pessoa rancorosa, fazendo dela mesma à vítima de seu sentimento inferior. 
 
Sobre o assunto, apresento uma trova do poeta Cornélio Pires, pela mediunidade de Chico Xavier: "Se você sofreu ofensa / Lembre o perdão de Jesus / Quem se ofende ajunta sombras / Quem perdoa tem mais luz". Foi justamente por Jesus saber que a falta de perdão dá origem a muitas doenças físicas e mentais, em virtude de a criatura vingativa acumular sombras doentias sobre si mesma, que o Mestre aconselhou-nos a perdoar setenta vezes sete cada ofensa recebida, ou seja, infinitamente. Neste sentido, Ele deu o próprio exemplo do alto da cruz, ao rogar para seus algozes: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem".
  
Gerson Simões Monteiro
Presidente da FUNTARSO

JORNAL EXTRA - COLUNA: EM NOME DE DEUS


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